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domingo, 20 de dezembro de 2009

o programa

O PIA é uma plataforma de artistas que agrega integrantes de diferentes coletivos do Brasil em propostas de ação. Poderia ser considerado um coletivo temporário, que se forma em situações específicas a partir da eleição de ponto de encontro em determinada cidade do país. Ou, quem sabe, uma rede de comunicação que coloca os integrantes dos coletivos envolvidos em um processo de re-coletivização.
Com mais de 10 anos de existência, ele surgiu da necessidade de reunir trabalhos de estudantes de arte que desenvolviam projetos em intervenções urbanas. Idealizado por Luís Parras, o PIA foi sempre acoplado aos eventos da UNE (União Nacional dos Estudantes), sendo responsável pela reunião de jovens artistas com o objetivo de executar projetos de intervenções já realizados nos seus locais de origem. A partir do encontro dos artistas, apresentam-se os projetos de ação. Cria-se um sistema de trocas de estratégias que se renovam em situações e contextos sempre diferentes. Deslocada do local de onde foi projetada, a ação é reprogramada a fim de causar reverberações em outra realidade.
Em incursões pela cidade, os artistas discutem e propõem experiências e novas organizações podem ser formadas. Novos coletivos, ou novos projetos podem surgir a partir daí, e podem ser executados em diferentes cidades do país.
O grupo Poro (Belo Horizonte/MG), GIA (Grupo de Interferência Ambiental, Salvador/BA), EIA (Experiência Imersiva Ambiental, São Paulo/SP), PI (Política do Impossível, São Paulo/SP) e o Esqueleto Coletivo (São Paulo/SP), são alguns dos primeiros coletivos que se valeram das experiências do PIA, conformando uma rede de trocas que expandiram os limites da cidade de cada grupo.
Coletivo temporário, ou rede de coletivos, o PIA se firma como uma plataforma de fomento de um circuito formado por artistas que se organizam coletivamente e se interessam pela prática da cidade. Se valendo da estrutura fornecida pela UNE, o PIA se mantém em atividade ao longo de todos esses anos de quando em quando, contando com uma rotatividade de artistas e grupos que passam a conformar novas gerações. Movimento Panamby (Cuiabá/MT), Vivarte (Rio Branco/AC), Dimensões (Macapá/AP), Kaza Vazia (Belo Horizonte/MG), Fernando Lopes - Salvador/BA, Gabriela (Rio de Janeiro/RJ) e o Coletivo Camaradas (Crato/CE), hoje dão novas extensões ao PIA, reconfigurando seus anseios e desafios.
Tales Bedeschi

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